domingo, 22 de maio de 2011

A Morte do Terrorista II

Atiçamento da MaldadeO terrorismo não acabou.

Quisera nós que ao “eliminar” um homem estivesse se eliminando a raiz do próprio mal, mas não é assim que acontece. Pelo contrário, se atiçou, ainda mais, a corrente do mal na Terra.

Bin Laden representa um ícone do mal entre nós, tornou-se um símbolo da maldade depois daquilo que coordenou quando matou milhares nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. Bin Laden, no entanto, é um, entre milhares, que coordenam o mal na Terra. É isso mesmo. Vocês soltaram Bin Laden para que ele possa, do lado de cá da vida, comandar seus exércitos sem precisar se esconder, esta é a realidade, meus irmãos.

Primeiro é importante dizer que não se fez justiça, como bem escreveu meu bom amigo Boff, se fez vingança, se pagou com o mesmo preço aquilo que ele promoveu a milhares. Não é assim que se faz quem é seguidor das orientações de Nosso Senhor Jesus Cristo. Senhor Obama fez mal ao retribuir com a mesma moeda, com o dente por dente, em seu ato criminoso. Mas é assim, infelizmente, que pensa boa parte da humanidade.

Repito, meus irmãos, o mal foi atiçado. As raízes da maldade na Terra já se mexeram para dar o troco, esperem. De nossa parte cabe orar e pedir a Deus que se desarticule muitos dos momentos sombrios que a Terra passará e cremos na Sua justiça maior que não haverá de permitir que sangue seja derramado inadvertidamente. Aliás, sangue algum de preferência.

É preciso, irmãos, orar. A oração gera uma energia tal que mobiliza forças inimagináveis. Outra postura é fazer o bem, é responder no dia a dia as ofensas recebidas com o bem. Responder à altura as injustiças, mas com a perspectiva do bem em nossos atos e palavras. Nunca retribuir o mal com o mal, firmeza não pode ser confundida com destemor para a maldade.

Orem pelo País, orem sempre para o mundo, assim, ajudaremos a reverter a manifestação da maldade entre nós.

Faça a sua parte, o mundo naturalmente agradecerá.

Em paz,

Helder Câmara

CÂMARA, Helder (Espírito). Atiçamento da Maldade. O terrorismo não acabou. Disponível em: http://domdapaz.blogspot.com/2011/05/o-terrorismo-nao-acabou.html  Postado às 03h56 de 08/05/11. Acessado às 09h00 de 22/05/2011.

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domingo, 15 de maio de 2011

A Morte do Terrorista

   Nessas últimas semanas, verificamos a repercussão mundial da morte de Osama Bin Laden. Percebemos que a população estadunidense, e de muitos outros países do globo, sentiram a alma lavada pela operação militar que culminou com a desencarnação desse extremista sanguinário, ao qual se apresentava como inimigo ferrenho do país mais poderoso do planeta. A todo e qualquer momento jornalístico éramos compelidos a refletir sobre o desencarne do terrorista face ao bombardeio de informações que nos eram direcionadas. Por essas razões, vieram questionamentos do tipo: será que mataram Bin Laden mesmo? Cadê a comprovação de que ele morreu mesmo! Outras pessoas se perguntaram: Será que tudo se acaba com a morte? O que é a morte afinal? 

   Tentar responder a essas últimas perguntas em poucas palavras não é tarefa fácil, mas vamos tentar com a ajuda da Codificação e da vasta literatura espírita.

   A morte é um fenômeno que acomete a todos os indivíduos, sem distinção de raça, sexo, posição social, credo, inclusive em outros reinos da criação, carregando consigo a proposta da renovação. Ora! Se olharmos a morte apenas sob o pondo de vista físico, material, nenhuma razão encontramos nela, como se viéssemos à terra apenas a passeio, em oportunidade única, sem nenhum objetivo elevado.

   Afirma Allan Kardec na obra O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo, que Afeições caras, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquiridos, tudo despedaçado, tudo perdido! De nada nos serviria, portanto, qualquer esforço no sofreamento das paixões, de fadiga para nos ilustrarmos, de devotamento à causa do progresso, desde que de tudo isso nada aproveitássemos, predominando o pensamento de que amanhã mesmo, talvez, de nada nos serviria tudo isso.”Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ainda na introdução, Kardec elenca alguns pensamentos socráticos e um deles registrado no Item IX afirma o seguinte: “Se a morte fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, da alma e dos vícios.”2

   Mas, se olharmos a morte sob o prisma  espiritualista, ou seja, em que cada indivíduo sobrevive, de alguma forma, a cessação da atividade orgânica, então passamos a entender a morte como desencarnação de algo que animava aquele corpo, sendo esse algo o espírito. Com isso, verifica-se que a vida se sobrepõe a vida e a morte aniquila-se por si mesma. Dizemos que o Espiritismo matou a morte!

   A desencarnação não é a destruição absoluta dos seres, mas uma transição essencial aos indivíduos e ao planeta. Os desencarnados nada mais são do que os espíritos daquelas pessoas que viveram na terra e, ao passar para a vida espiritual, continuam com suas ideologias, sentimentos e vontades próprias. No livro Doutrina Viva, especificamente no texto com título Além da Morte (pág. 265), está escrito: Além da morte do corpo, a Vida (sic) prossegue a nos requisitar coerência – nossa harmonização com a própria consciência. [...] Neste Outro Lado (sic), o homem ainda é o que é! A desencarnação não nos promove mudanças radicais. Continuamos a nos sentir tão humanos quanto somos.”3

   Acontece que somos todos espíritos, possuidores de corpos físicos que possibilitam interação material a fim de promover entre nós o aprimoramento intelecto-moral e o aperfeiçoamento das condições de vida no planeta. Infelizmente nem sempre estamos dispostos a colaborar com as leis que nos regem e nos posicionamos, quase que diariamente, de forma a contrariá-las. Basta refletir um pouco o quanto temos agredido o planeta com atitudes antiambientais; o quanto violamos os códigos morais deixados por Jesus na ocasião de sua passagem pela terra e registrados posteriormente pelos evangelistas; o quanto desintegramos pensamentos de elevado teor fraternal e solidário. E, dependendo das nossas posturas perante as outras pessoas, tornamo-nos símbolos de uma sociedade, santificados por reconhecimento, criminosos, terroristas, bons, maus, etc.

   A maneira como vivemos atualmente dirá como seremos depois de desencarnados, enquanto que a felicidade ou a infelicidade na vida espiritual depende muito do nosso comportamento de hoje, traduzidas nas nossas responsabilidades ou irresponsabilidades perante a vida na terra, grandiosa oportunidade de promover nosso avanço na escala divina. Concluímos que não há saltos qualitativos na psiquê dos indivíduos porque mudaram seus padrões de interação pela desencarnação, muitas vezes permanecem por longos tempos disseminando o terror, a discórdia, a criminalidade e a miséria por onde passam, e isso o identifica nas escalas inferiores da espiritualidade. Não nos esqueçamos que a vida é um processo progressivo contínuo, sem retroação, contudo, comumente decidimos estacionar na escala evolutiva e os Céus, por respeitar nosso livre arbítrio, concede-nos sempre outras oportunidades, a fim de que nos posicionemos novamente a caminho da luz.

Bibliografia:
1 KARDEC, Allan. Tradução de Manuel Justiniano Quintão. O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo. 40ª edição. Brasília: Departamento gráfico da FEB, 1995.
2 KARDEC, Allan. Tradução de Salvador Gentile. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 179ª edição. Araras, SP: IDE, 1994.
3 XAVIER, Francisco Cândido [espírito]; [Psicografado por] Carlos A. Baccelli. Doutrina Viva. Votuporanga, SP: Casa Editora Espírita “Pierre-Paul Didier”, 2008.
JOSÉ, Irmão [espírito]; [Psicografado por] Carlos A. Baccelli. Segundo o Livro dos Espíritos. Votuporanga, SP: Casa Editora Espírita “Pierre-Paul Didier”, 2009.

Texto elaborado por Altino Ventura da Silva Júnior
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domingo, 1 de maio de 2011

DESENCARNAÇÃO DE CRIANÇAS - PARTE 2

CAUSAS DAS MORTES PREMATURAS

Como explicar a situação da criança, cuja vida material se interrompe? E por que esse fato ocorre? Duas indagações que surgem naturalmente ao nos depararmos com a morte na infância.

Allan Kardec [Livro dos Espíritos – questão nº199] registra o pensamento dos Espíritos Superiores:
"A duração da vida da criança pode ser, para seu Espírito, o complemento de uma vida interrompida antes do tempo devido, e sua morte é frequentemente uma prova ou uma expiação para os pais."

Observamos pelo exposto que a morte prematura está quase sempre vinculada a erro grave de existência pretérita: almas culpadas que transgrediram a Lei geral que vige os destinos da criatura e retornam à carne para recomporem a consciência ante o deslize. São, muitas vezes, ex-suicídas (conscientes ou inconscientes) que necessitam do contato com os fluidos materializados do planeta, para refazerem a sutil estrutura eletromagnética de seu corpo espiritual.

Lembram ainda os Benfeitores que os pais estão igualmente comprometidos com a Lei de Causa e Efeito e, na maioria das vezes, foram cúmplices ou causadores indiretos da falta que gerou o sofrimento de hoje.

Emmanuel [Criança no Além-prefácio] afirma: "Porque a desencarnação de crianças, vidas tolidas em flor?

Muitos problemas observados exclusivamente do lado físico, assemelha-se a enigmas de solução impraticável; entretanto, examinados do ponto de vista da imortalidade e do burilamento progressivo da alma, reconhecer-se-á que o Espírito em evolução pode solicitar conscientemente certas experiências ou ser induzido a ela em benefício próprio. Nas realizações terrestres, é comum a vinculação temporária de alguém a determinado serviço por tempo previamente considerado.

Há quem renasça em limitado campo de ação para trabalho uniforme em decênios de presença pessoal e há quem se transfira dessa ou daquela tarefa para outra, no curso da existência, dependendo, para isso, de quotas marcadas de tempo. Encontramos amigos que efetuam longos cursos de formação profissional em lugares distantes do recanto em que nasceram e outros que se afastam, a prazo curto, da paisagem que lhes é própria, buscando as especializações de que se observam necessitados. E depois destes empreendimentos concluídos, através de viagens que variam de tipo, segundo as escolhas que façam, ei-las de regresso aos locais de trabalho em cuja estruturação se situam.

Esta é a imagem a que recorremos para que a desencarnação de crianças seja compreendida, no plano físico, em termos de imortalidade e reencarnação."

Casos, no entanto, existem que não estão inseridos no processo de Ação e Reação e configuram sim, ações meritórias de Espíritos missionários que renascem para viverem poucos anos em contato com a carne em função de tarefas espirituais. 

É o que afirma André Luiz:
"Conhecemos grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a expectativa apresentação que lhes era costumeira."

CRIANÇAS NO PLANO ESPIRITUAL

Com relação à posição espiritual dos Espíritos que desencarnam na infância, André Luiz informa-nos que todos eles são recolhidos em Instituições apropriadas, não se encontrando Espíritos de crianças nas regiões umbralinas.

Há inúmeras descrições espirituais de Escolas, parques, colônias e instituições diversas consagradas ao acolhimento e amparo às crianças que retornam do Planeta através da desencarnação.

Chico Xavier, analisando a situação espiritual e o grau de lucidez desses Espíritos diz:
"Os benfeitores espirituais habitualmente nos esclarecem que a criança desencarnada no Mais Além, recobra parcialmente valores da memória, quando na condição de Espírito, tenha já entesourado alta gama de conhecimentos superiores, com pouco tempo depois da desencarnação, conseguindo, por isso, formular conceitos e anotações de acordo com a maturidade intelectual adquirida com laborioso esforço.

O mesmo não acontece com o Espírito que ainda não adquiriu patrimônio de experiência mais dilatados, seja por estar nos primeiros degraus da evolução humana ou por essência de aplicação pessoal ao estudo e a observação dos acontecimentos.

Para o Espírito nesse estágio, o desenvolvimento na vida espiritual é semelhante ao que se verifica no plano físico em que o ser humano é compelido a aprender vagarosamente as lições da existência e adiantar-se gradativamente, conforme as exigências do tempo."

André Luiz [Entre a Terra e o Céu] vai pronunciar-se da mesma forma: "Acreditamos que o menino desencarnado retoma, de imediato, a sua personalidade de adulto ... Em muitas situações, é o que acontece quando o Espírito já alcançou elevado estágio evolutivo.

Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarnaram, o caminho não é o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do autogoverno. Jazem conduzidos pela Natureza, à maneira de criancinhas no colo materno. É por esse motivo que não podemos prescindir de períodos de recuperação, para que se afasta do veículo físico, na fase infantil."

QUADRO XII - Morte Prematura – Possibilidades

- Assumir a forma da última existência
- Conservar a forma infantil que vai se desenvolvendo à semelhança do que ocorre na Terra
- Reencarnar pouco tempo depois do falecimento

Bibliografia
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
3) Entre a Terra e o Céu - André Luiz/Chico Xavier
4) Resgate e Amor - Tiaminho/Chico Xavier
5) Escola no Além - Cláudia/Chico Xavier
6) Crianças no Além - Marcos/Chico Xavier
Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG

Texto extraído do site AMALUZ em http://www.amaluz.net/prematura.htm 

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