quarta-feira, 27 de abril de 2011

DESENCARNAÇÃO DE CRIANÇAS- PARTE 1

Em virtude do desencarne do filho de um grande amigo, ainda recém-nascido, provocado por enfermidade grave, levantamos a proposta de reflexão sobre o assunto. Sempre! Sempre! nos questionamos o porquê do desencarne prematuro das crianças.  Perguntamos se a sensação de perda é maior do que de uma pessoa que já convivemos a bastante tempo?  Ou dói ainda mais pelo fato de haver muitas expectativas, projetos para aquele ser em formação? Propomos discutir esse assunto visto fazermos parte de um todo que nos trata com igualdade e, por isso mesmo, há sempre a possibilidade de que nos aconteça algo semelhante ou mesmo com alguma pessoa muito próxima, como um familiar, por exemplo.

Rogamos ao Mestre Jesus que receba, ampare e abençoe esse anjinho que retorna a sua verdadeira pátria. Também fortaleça e console seus genitores pelo momento difícil porque passam.
 
 
O DESENCARNE NA INFÂNCIA

Por Marco Túlio Michalick


Apesar de ser extremamente dolorosa a perda de um filho pequeno, pense nele sempre com carinho e envie vibrações de amor eterno.

Apenas quem já perdeu um filho na infância pode descrever a dor que se sente neste momento tão doloroso. Como se o mundo girasse ao seu redor, você pensa estar vivendo um pesadelo e que, ao acordar, tudo voltará ao normal. Mas a realidade se mantém e você não entende o porquê de estar acontecendo tudo aquilo. Chega a duvidar da justiça divina e as perguntas constantes permanecem: Por que meu filho se foi tão jovem, cheio de vida, com um futuro promissor? Por que eu não fui em seu lugar? As indagações são muitas, mas a resposta só vem com o tempo.

A família tem que estar muito unida em um momento como esse. A religião é um bálsamo para a dor que, em certos dias, parece ser infinita. Temos que ser fortes e acreditar que nada acontece por acaso. A revolta e o descrédito em Deus não são justos. Há momentos na vida em que precisamos passar por determinadas experiências, para que possamos ter uma visão de vida diferente da que temos atualmente.

O desencarne de uma criança comove até as pessoas que mal conhecemos. Richard Simonetti descreve em seu livro "Quem tem medo da morte?": "O problema maior é a teia de retenção formada com intensidade, porquanto a morte de uma criança provoca grande comoção, até mesmo em pessoas não ligadas a ela diretamente. Símbolo da pureza e da inocência, alegria do presente e promessa para o futuro, o pequeno ser resume as esperanças dos adultos, que se recusam a encarar a perspectiva de uma separação".


LAMENTAR A PERDA PREJUDICA O ESPÍRITO

As lamentações, o choro e a fixação no ente querido que desencarnou prejudicam sua reabilitação no plano espiritual, fazendo com que ele sofra vendo tamanho desespero de seus familiares. A oração é o melhor remédio para todos. Pedir a Deus que proteja e auxilie seu filho no plano espiritual é a maneira correta de lhe fazer o bem.

Reviver a tragédia que ocorreu no plano terrestre pode ser um martírio, pois, no plano espiritual, há toda uma equipe de trabalhadores dando o suporte necessário ao desligamento do espírito do aparelho físico. Além do mais, conforme explica Simonetti, "o desencarne na infância, mesmo em circunstâncias trágicas, é bem mais tranquilo, porquanto nessa fase o espírito permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a existência terrestre. Somente a partir da adolescência é que entrará na plena posse de suas faculdades".

Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: "Por que a vida frequentemente é interrompida na infância"? A resposta dos espíritos é a seguinte: "A duração da vida de uma criança pode ser, para o espírito que está nela encarnado, o complemento de uma existência interrompida antes de seu termo marcado e sua morte, no mais das vezes, é uma prova ou uma expiação para os pais".

Ernesto Bozzano, em Enigmas da Psicometria, escreve que não são desconhecidos os casos de mortes infantis nos quais o espírito já tenha progredido bastante para suprimir uma provação, mergulhando na Terra só com a finalidade de se revestir de elementos fluídicos indispensáveis ao perispírito desejoso de se preparar para a próxima reencarnação.

Com o tempo, você vai encontrando respostas para suas indagações. A lembrança daquele filho que se foi talvez nunca sairá de sua mente, mas sempre que pensar nele, pense com carinho, enviando boas vibrações, para que, onde ele se encontrar, possa sentir todo o amor que você emana.


REENCONTRO NO PLANO ESPIRITUAL

Em entrevista publicada na edição nº 11 da Revista Cristã de Espiritismo, Mauro Operti, quando perguntado sobre que mensagem daria às pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los, respondeu:

"Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos".

O Evangelho Segundo o Espiritismo diz que, quando Jesus falou "deixai vir a mim as criancinhas", Ele se referia ao fato de que "a pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade, excluindo todo pensamento egoísta e orgulhoso". Explica ainda que "é por isso que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como a tinha tomado para o da humildade. Somente um espírito que tivesse atingido a perfeição poderia nos dar o modelo da verdadeira pureza. Mas a comparação é exata do ponto de vista da vida presente, pois a criança, não podendo ainda manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Além disso, Jesus não diz de maneira absoluta que o reino de Deus é para elas, mas sim para aqueles que se lhes assemelham".



Fonte: Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas
http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2660&catid=81
 
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MORTE E RENOVAÇÃO

JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES

AS GERAÇÕES FUTURAS

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O ESPIRITISMO CHEGA AOS 154 ANOS DE EXISTÊNCIA

Vindo à luz em 18/04/1857, através da edição de O Livro dos Espíritos, obra que contém os princípios básicos doutrinários, marco inicial da Codificação Espírita, constitui-se em tratado filosófico da Doutrina dos Espíritos. Antes desse livro não havia Espiritismo.



O Livro dos Espíritos – assim como as demais obras do Pentateuco Espírita - foi escrito de forma coletiva, resultado de um trabalho conjunto dos Espíritos Superiores e da disposição de pessoas encarnadas, através de uma equipe de médiuns de várias cidades, reunida e coordenada por Allan Kardec e seu grupo. Por isso, equivocam-se as pessoas que acham ser produto de um único homem ou de um só pensamento.

Com o didático método de entrevista, Kardec apresentou 1018 perguntas aos Espíritos, obtendo, através de diversos médiuns, claras e elucidativas respostas, atualizadas até aos  dias de hoje.


Esta obra indispensável é dividida em quatro grandes partes, abrangendo os temas fundamentais de nossa vida: 1 - As Causas Primeiras - Deus, o Universo, a Criação e o Princípio Vital; 2 - O Mundo dos Espíritos - Imortalidade da Alma, natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, reencarnação; 3 - As Leis Morais - Tendo Jesus como o modelo da perfeição moral para a Humanidade; e 4 - Esperanças e Consolações - com análise das penas e gozos terrestres e futuros.

Independente de crença ou convicção religiosa, a leitura de O Livro dos Espíritos será de imenso valor, uma vez que trata de assuntos do passado histórico, da vida presente, da vida futura e do porvir da Humanidade, assuntos de interesse geral e atual, importante tratado para uma melhor compreensão desse momento de transição porque passa o planeta.

 
 
Faça o download do livro clicando aqui: 

domingo, 17 de abril de 2011

VIOLÊNCIA

A postagem anterior fez uma referência a uma atitude violenta. Por essa razão estamos postando estes dois pequenos vídeos, aos quais o Orador Espírita Raul Teixeira aborda o tema "Violência" no Programa Transição.


Programa Transição, transmitido pela Rede TV, 01 de agosto de 2010. Tema: Violência. Convidado: Raul Teixeira



Se não conseguir assistir clique em:  http://www.programatransicao.tv.br/programas/programa96.html


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REPENSANDO OS ASSASSINATOS EM REALENGO/RJ

terça-feira, 12 de abril de 2011

Repensando os Assassinatos em Realengo/RJ


   Esta abordagem visa propor uma reflexão sobre uma conduta assassina e o resgate coletivo no caso da tragédia numa escola pública no bairro de Realengo, município do Rio de Janeiro, nesse mês de abril de 2011. Não tem o propósito de inocentar o criminoso ou mesmo de descriminalizar a conduta. Muito menos de representá-lo perante a justiça dos homens ou de Deus. Essas não são as propostas reais dessa abordagem subjetiva.


  Vivemos numa era de muitos sofrimentos no planeta. São inúmeras as possibilidades de nos tornarmo-nos pessoas infelizes, deprimidas, desacreditadas de um mundo melhor. Para qualquer lado que olhemos conseguimos enxergar prontamente a violência, a tristeza, a miséria e o sofrimento. Apenas para ilustrar, a indústria do crime e do sofrimento alheio tem proporcionado ascensão e sucesso de boa parte, senão da maioria, dos meios de comunicações no Brasil e no mundo. E, como não poderia deixar de ser, esse caso dos assassinatos em série também tem rendido muitos lucros à imprensa escrita, falada e televisiva.

   Compadecemo-nos com as vítimas dessa tragédia, que não são apenas os alunos e alunas feridas ou falecidas, mas, também, seus familiares e toda a sociedade que sofre com o caso. Atitudes como a desse atirador revela ausência de lucidez e provoca uma sensação de revolta e de insegurança em cada um de nós.

   Desde que pensemos nessa atitude tresloucada apenas do ponto de vista físico, pensada e elaborada objetivando aniquilação, destruição e morte, não conseguiremos remontar, ou melhor, entender as causas com que fizeram chegar a esse desfecho sombrio, com cenas dignas de filme de terror.
Toda ação provoca uma reação, preconizava Isaac Newton, embora o caso em tela não se enquadre completamente a sua teoria. Investigadores e especialistas do comportamento humano procuram razões para essa ação doentia, ao qual levou a vitimização de várias crianças e adolescentes.  Sinalizam que deve ter origem nas ocasiões de violência física ou psicológica, mais conhecidas como bullying, no período escolar. Essas “brincadeirinhas de mau gosto” alimentaram um desvio de personalidade, fazendo florescer o gérmen do ódio, gerando um sentimento de vingança não superado ao longo dos tempos. Existe uma máxima que diz: “cada cabeça é um mundo”, e o mundo enfermo desse rapaz conseguiu apenas  processar aquelas informações sob a forma de violência, tal qual como aconteceu, aliada, é lógico, de uma obsessão, a falta de referência fraterna ou de religiosidade cristã mesmo. Isso é tão grave que devemos direcionar esse assunto para discussões nas escolas, nos meios formadores de opinião, e na família, enquanto célula, base para uma sociedade mais saudável e humana.

  Embora atitudes como essa nos choquem pela frieza e desumanidade, olhando do ponto de vista carnal, é importante nos determos um pouco sob reflexão pela ótica espiritual ou espírita.

   Segundo Paulo, em cartas aos Romanos (2,6), afirma: “Deus há de retribuir à cada um segundo suas obras”. Jesus também afirma em Mateus (5,26): “Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás daqui enquanto não pagares o último ceitil”. Olhando sob o prisma espiritual todos nós temos débitos diante da vida – entenda-se aqui a vida plena, vida espiritual, imorredoura, aquela pregada pelas religiões – e colhemos os frutos daquilo que semeamos em nossas existências. Ora, se o aniquilamento é apenas do corpo físico e espiritualmente continuamos a viver! E sendo Deus soberanamente justo e bom! Logo concluímos que recebemos de volta aquilo que enviamos para o universo, uma espécie de efeito bumerangue. Isso é da Lei Natural, a Lei de Deus. Com isso, pode representar até uma punição aos nossos olhos, porém caracteriza-se como a chance de sentirmos o que o outro sentiu em determinada ocasião, ou seja, se fizemos outra pessoa sofrer, iremos sofrer de alguma maneira, mas, ao tornarmos felizes os nossos semelhantes, sentiremos a mesma sensação, que não necessariamente terá que ser no mesmo momento ou ainda nesta existência carnal. Também representa a oportunidade de progredir moralmente em razão da superação da faltas e da dor.  Em o Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo - 1ª parte, capítulo IX (Allan Kardec), está escrito o seguinte texto: “Admitindo a falibilidade dos homens, a punição é consequência, aliás justa e natural, da falta; mas se admitirmos concomitantemente a possibilidade do resgate, a regeneração, a graça, após o arrependimento e a expiação, tudo se esclarece e se conforma com a bondade de Deus. Ele sabia que errariam, que seriam punidos, mas sabia igualmente que tal castigo temporário seria um meio de lhes fazer compreender o erro, revertendo enfim em benefício deles”. Contudo, o mais novo entendimento é que Deus não castiga a ninguém, porque não se ressente, mas dá a cada um a oportunidade aprender com os próprios erros, constituindo-se para nós a reparação como algo doloroso, castigo.

   A partir daí, sem pretender por fim ao assunto, mas apenas traçar um viés a trama, aquelas crianças e adolescentes tiveram a grandiosa oportunidade de reparação por alguns débitos pendentes perante a Lei. Sem, no entanto, contraírem novos débitos, conseguiram ressarcir dividendos que por ventura ainda estivam ativos. Sem olharmos pelo ângulo do espírito inferiremos que Deus estaria sendo injusto para com esses seus filhos que não tiveram tempo de cometer atrocidades de tal porte, ou então, Ele(Deus) não seria detentor de todos os poderes, visto não ter condições para intervir nesse caso a ponto de impedir tamanha atrocidade.

  Amigos, todos nós temos débitos para com a Lei Natural e para com o próximo. Não fosse assim, qual a necessidade de vivermos em sociedade. O que precisamos mesmo é reprimir nossas más inclinações, viver em retidão de consciência, ajuizadamente, e amarmo-nos uns aos outros, assim como pregou o Mestre Jesus. Se o memento nos faz refletir sobre a paz, tão necessária e almejada por todos, aceitemos ao convite do cantor e compositor Nando Cordel, transformando em canção: “A Paz no Mundo, Começa em Mim...”

Muita paz!

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MORTE E RENOVAÇÃO

VISÃO ESPÍRITA DA MORTE

CONVERSANDO SOBRE SUICÍDIO

domingo, 10 de abril de 2011

Conversando sobre o suicídio II

Procurando aprofundar um pouco mais a temática sobre o "suicídio", estamos postando um vídeo do Programa Pinga Fogo (programa de entrevistas - 1971) em que Chico Xavier faz referência sobre o que acontece com os suicidas. Já o texto Suicídio e autocastigo foi retirado do Blog ESPÍRITA NA NET.


Chico Xavier já falava sobre o suicídio em 1971



       Deus  não  castiga o suicida, pois é o próprio suicida quem se castiga.  A noção do castigo divino é profundamente modificada pelo ensino espírita. Considerando-se que o Universo é uma estrutura de leis, uma dinâmica de ações e reações em cadeia, não podemos pensar em punições de tipo mitológico após a morte.   Mergulhado nessa rede de causas e efeitos, mas dotado do livre arbítrio que a razão lhe confere, o homem é semelhante ao nadador que enfrenta o fatalismo das correntes de água, dispondo de meios para dominá-las.
   Ninguém é levado na corrente da vida pela força exclusiva das circunstâncias. A consciência humana é soberana e dispõe da razão e da vontade para controlar-se e dirigir-se. Além disso, o homem está sempre amparado pelas forças espirituais que governam o fluxo das coisas. Daí a recomendação de Jesus: “Orai e vigiai”. A oração é o pensamento elevado aos planos superiores – a ligação do escafandrista da carne com os seus companheiros da superfície – e a vigilância é o controle das circunstâncias que ele deve exercer no mergulho material da existência.

     O suicida é o nadador apavorado que se atira contra o rochedo ou se abandona à voragem das águas, renunciando ao seu dever de vencerias pela força dos seus braços e o poder da sua coragem, sob a proteção espiritual de que todos dispomos.

     A vida material é um exercício para o desenvolvimento dos poderes do espírito. Quem abandona o exercício por vontade própria está renunciando ao seu desenvolvimento e sofre as consequências naturais dessa opção negativa. Nova oportunidade lhe será concedida, mas já então ao peso do fracasso anterior.

     Cornélio Pires, o poeta caipira de Tietê, responde à pergunta do amigo através de exemplos concretos que falam mais do que os argumentos. Cada uma de nossas ações provoca uma real, o da vida. A arte de viver consiste no controle das nossas ações (mentais, emocionais ou físicas) de maneira que nós mesmos nos castigamos ou nos premiamos. Mas mesmo no autocastigo não somos abandonados por Deus que vela por nós em nossa consciência.



(Irmão Saulo)

Texto retirado do livro “Astronautas do Além”,

de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos.

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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Conversando sobre suicídio

   O filme "As mães de Chico Xavier" nos chama a atenção para algumas situações que tem como conclusão a morte do corpo físico. Contudo, nos alerta sobre uma prática covarde de tentativa de aniquilamento da própria vida, o suicídio. 

   Ora! Sabemos que a vida é inesgotável porque vem de Deus e ser humano algum conseguirá a cessação dela, do ponto de vista espiritual. O corpo sim! A vestimenta física é apenas um conglomerado de componentes químicos, complexos, com marco inicial e final na existência. 

   E nós?  Por vezes na tentativa louca de desvencilhar-mo-nos dos obstáculos do caminho, dos desafios impostos pela necessidade de libertação,  optamos por abandonar o barco ao invés de reunir forças para superar a tempestade. Porém, abandonar o veículo em pleno movimento proporciona consequências gravíssimas, resultando em ferimentos de variadas formas.  

   Digamos "NÃO" ao suicídio! 

   Tenhamos a certeza de que não morremos e que o suicídio é um mecanismo desastroso que provoca em nós mais sofrimentos do que tranquilidade.

O texto abaixo foi extraído do Site Luz Espírita, ao qual vem abordar o tema com muita propriedade e nos dá a oportunidade de maior conhecimento sobre esse assunto. Clique no link em destaque acima e verifique outros textos associados. 


   Em um mundo onde predomina a valorização do TER em detrimento do SER, onde não há uma idéia bem definida do que esperar depois do fenômeno da morte, o caminho da autodestruição ou seja, do suicídio, parece não apenas aceitável como até mesmo lógico e solucionador, diante de uma perda considerada irreversível.

   Em outras culturas, como a dos japoneses, o suicídio é muitas vezes considerado um ato de bravura, como quando os kamikazes direcionaram seus aviões-bomba aos contratorpedeiros americanos em Pearl Harbor, ou um jovem adolescente que se suicida por não ter passado no teste para o 2º grau acreditando ter desonrado o nome e a tradição da sua família, postura essa adotada pela supervalorização da chamada honra que é, como sabemos, filha dileta do orgulho.

   O Espiritismo vem, então, esclarecer, trazer luz às reflexões sobre este ato infeliz, que certamente neste instante povoa a atmosfera mental de muitos dos que sofrem em nosso planeta. Basta um de seus Princípios Básicos para apaziguar e trazer um traço de esperança aos corações desamparados: a Pluralidade das Existências, a Reencarnação.

   Diante da certeza das vidas sucessivas, o Homem não tem mais o direito de cogitar sobre o impossível, o irreversível, o inatingível. O melhor sempre está por vir. As dificuldades instruem e passam, as virtudes se consolidam e ficam.

   No entanto, esta certeza não se adquire como quem decora um texto para um exercício escolar, ou ainda como quem recita uma oração cheia de palavras e vazia de sentimentos. Esta certeza é fruto do raciocínio e do estudo, da vigilância e da perseverança.

   A Doutrina dos Espíritos nos traz também a triste notícia daqueles nossos irmãos que pelos mais diversos motivos precipitaram seus processos desencarnatórios: histórias de dor e angústia muitas vezes maiores que as que tinham quando outrora encarnados. A consciência de si mesmo se descortina e esta nudez espiritual é motivo de grandes padecimentos. Diversos irmãos conservam ainda em seus corpos perispirituais as graves consequências dos seus atos violentos, que dificultarão deveras as suas próximas oportunidades no mundo material.

   Frente a estas verdades incontestes, vamos refletir sobre a nossa própria atitude mental, será que de vez em quando deixamos os nossos pensamentos percorrerem os caminhos da desesperança? Será que nossos comentários algumas vezes pessimistas e outras difamatórios não estão destruindo os sonhos de alguém carente de luz e esclarecimento? Será que a nossa tirania no dia-a-dia para com os desamparados da vida não os está empurrando cada vez mais para o abismo do suicídio?

Reflitamos nisso.