quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Morte e Renovação


Por mais que passe o tempo, não se há mudado a disposição dos que vêem partir para o além os seus afetos queridos.

A alma humana prossegue amedrontada e insegura diante da morte, quando esta, em realidade, representa tão-somente o afastamento do corpo carnal, jamais a extinção da vida.

Desencarnar é ter a chance de renovar posições filosóficas, pensamentos e culturas. Representa o ensejo de alterar posturas e concepções, de modificar crenças e de iluminar o coração, uma vez que ninguém se torna santo, embora as homenagens e as palavras de emoção e de dor, por parte de quem derrama pranto, no difícil momento da despedida.

Na desencarnação, cada qual leva consigo o bem e o mal que tenha feito, vida afora.

As alegrias e as dores que espalhou, a presença mental dos amigos e o amargor das inimizades, toda a paz que haja semeado ou as guerras que haja incrementado, tudo isso contribui para a ventura ou desventura do espírito liberto.

Guardando a certeza de que ninguém morre, essencialmente, confia no Senhor da Vida, que tudo no mundo inspira, que tudo pode, e a Ele entrega, pelos fios do coração, os teus afeiçoados, os teus amores, admitindo que se acham amparados pelo divino amor, de um modo ou de outro.

Mais cedo ou mais tarde, quando refeitos das consequências imediatas do passamento, os teus seres amados rogarão ao Grande Pai por ti, e seguirão, na rota do progresso, marcados por todas as realizações deixadas sobre o mundo, e aguardarão que tu mesmo retornes, quando chegue o teu dia.

Entre alegrias, ternuras e emoções, esperarão que, igualmente, te libertes do corpo físico, após uma nobre vida com grandeza d'alma, com esforços pelo bem e testemunhos de amor, a fim de que se estreitem no halo de um abraço, cheios de intensa ventura, nos círculos da luz.

Ivan de Albuquerque
(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 02 de junho de 2003, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O BEM SILENCIOSO

Naturalmente, associamos a prática do bem aos atos visíveis ou detectáveis aos sentidos humanos, como por exemplo, matar a fome de alguem, falar algo que oriente, dar um objeto que seja útil, escrever um texto que oriente e promova a esperança, etc. No entanto, o bem pode ser promovido, inclusive, onde a percepção do próprio beneficiado não alcance. Ele pode até sentir um bem estar mas não consegue precisar a origem.

Quando procuramos organizar nosso mundo interior de conformidade com as leis espirituais, ganhamos mais serenidade e a mente adestra-se a pensar no bem de tudo e todos. Há uma afirmativa da sabedoria que diz ser um homem sereno e espiritualizado, fonte de amparo, de energias sustentadoras da paz onde quer que ele se encontre. Isto nos afirma que, em nos educando mental e espiritualmente, nossa presença, por si só, já proporcionaria bem estar para os que encontram-se atravessando as inquietações características de mundos como a Terra.

Educados moralmente, irradiaremos forças de alta qualidade,beneficiando ambientes e pessoas, espiritos encarnados e desencarnados, animais e plantas onde nos fizermos presentes. Faz sentido? claro que sim, afinal, somos um campo eletro magnético, um feixe de forças a irradiar permanentemente um fluxo de energia que terá qualidades inerentes à nossa condição espiritual.

Portanto, fazer o bem silencioso e não perceptível aos sentidos imediatos, é perfeitamente lógico. Nossa atmosfera psíquica, aquilo que produzimos em energia tambem contará no indicativo do bem que realizamos, do progresso efetuado. Isso representa as múltiplas dimensões do bem dentro da polivalência de nossas infinitas possibilidades.

Blog de Frederico Menezes
Postado em 14/01/2011